vendredi, novembre 24, 2006

Lista I - a lista dos medos

  1. Infertilidade;
  2. Aids (e outras dst's);
  3. Solidão;
  4. Uma vida sem Ana Therezinha, Paulo Alexandre, André Luiz, e outros amados;
  5. Pontes (principalmente a Rio-Niterói);
  6. Barcas;
  7. Extraterrestres;
  8. Desastres naturais;
  9. Ignorância;
  10. Conservadores;
  11. Extremistas e Radicalistas;
  12. Flamengo (e flamenguistas);
  13. Armas químicas e biológicas;
  14. Polícia;
  15. Pessoas com distúrbios mentais;
  16. Mônica Velloso;
  17. George W. Bush & cia.;
  18. Bêbados;
  19. Bêbados ao volante;
  20. Carros (incluindo ônibus e tudo que ande sobre rodas em auto-estradas) em alta velocidade;
  21. Pessoas descontroladas (incluindo eu mesma);
  22. Pequeno grupo concentrador de renda do Brasil;
  23. Corrupção;
  24. Mosquitos e formigas (e outros pequenos insetos ofensivos e dolorosos);
  25. Hospitais públicos;
  26. Casal Garotinho;
  27. Burocracia;
  28. UERJ desabar (qualquer dia isso vai acontecer, juro que vai);
  29. outro helicóptero cair no Bennett;
  30. Avião;
  31. Aeroporto;
  32. Alá;
  33. Eletricidade;
  34. Televisão;
  35. Radioatividade;
  36. Raio ultra-violeta;
  37. Raio Lazer;
  38. Raio X;
  39. Armas automáticas;
  40. Jack Chan;
  41. Jim Carry;
  42. Falta de Cultura;
  43. Imperialismo;
  44. Deslumbramento;
  45. Reitor do Bennett;
  46. Mitos;
  47. Fluminense rebaixado;
  48. Cancer de pele (se eu tivesse medo de cancer de pulmão pararia de fumar);
  49. Fragilidade;
  50. Relacionamentos;
  51. Consciência (ou a falta dela);
  52. Explosão da China (é sério.. um dia ela ainda explode!);
  53. Desaparecimento do Oriente Médio em geral e suas culturas;
  54. Perda da identidade (tanto RG, quanto cultural);
  55. Aula de fotografia e teatro;
  56. Cirurgia;
  57. Gastronomia;
  58. Física;
  59. Obesidade;
  60. Submissão;
  61. Tempo;
  62. Solar Santo Antônio desabar (um dia aquilo lá ainda desaba!)
  63. Morrer sem sair de Niterói;
  64. Desistência;
  65. Perder o fôlego de correr atras dos meus sonhos;
  66. Parar de sonhar;

jeudi, novembre 23, 2006


_"Vó, mas que computador legal.. você escreve nele e ele já imprimi direto"!
(menina de 7 anos ao visitar a antiga casa da avó)
*É, tecnologia moderna é outra coisa..






Em casa de vó sempre há uma nova descoberta, independente da idade ou de quantas (mil) vezes você já tenha ido a casa dela. Para os pais, não passam de coisas velhas e sem utilidade; para os avós, são uma relíquia, uma lembrança; para os netos, é literalmente "um museu de grandes novidades", um belo parque de diversões (e o melhor de tudo é que a entrada é franca). Vale desde caixinhas de costura do século passado, livros, roupas, embalagens antigas de produtos atuais, a fotos da época em que seus pais eram criança, simples objetos que são uma aula de história e garantia de boas risadas.

(Saudades da dona Niuza :~

Vovó é meiga, tem cheiro de sabonete bom, é macia e boa de abraçar como um travesseiro. De tanto gostar de cruzadinhas, já deve ter feito todas as já publicadas na história do brasil. Vovó usa umas palavras engraçadas, que não usamos hoje em dia. A casa dela era cenário perfeito para soltar minha criatividade e inventar zilhões de coisas pra fazer - e botar em prática. O armário era quase como um portal: nunca se sabia o que podiamos descobrir lá. Vovó tem um jeito só dela de fazer comida, e faz os pratos mais deliciosos do mundo: carne de panela, arroz, feijão, purê de batata, ensopadinho de frango, salada, macarrão e carne moída tinham um gostinho todo especial que nem os BESTs restaurantes de paris poderiam igualar; e deixava eu a ajudar com o almoço.. só tenho prazer em fazer comida é na casa dela. Vovó conversa com os gatos. Tinham dois no começo, depois a casa dela virou ponto de encontro. Aquela senhora deve ter literalmente conquistado eles pela boca, e pelo papo. Mas o que eu gosto mais na minha vovó é o espírito de liberdade e independencia, ela faz o que quiser, quando quiser e se quiser, sem dar maiores satisfações. E é muito feliz assim sim, obrigada. Só nos deixa com o coração na mão quando vai fazer suas aventuras. Vovó me faz querer chegar aos 70 cheia de vida e saude, cheia de esperança e cuidado, feliz por estar viva, apesar de ter sobrevivido às piores coisas que alguem jamais pudesse passar, e não apenas existir em condição de gente, que passa o dia sentado vendo televisão. Esteja com 10 ou 90 anos, sei mais do que você. A vida é mais que respirar, comer e dormir, é cair no chão, ver sangue, ver o feio e o bonito em tudo que há, é se assustar e descobrir o mundo várias vezes, é se apaixonar frequentemente, é enfrentar os medos, é chorar, é sorrir. É sorrir muito. É recomeçar. É seguir. seguir, seguir, seguir.. até cansar. Morrer é descansar. Morrer não dói, viver sim - e ta aí a grande graça).

"Quem já passou por essa vida e não viveu /pode ser mais, mas sabe menos do que eu /Porque a vida só se dá pra quem se deu, /pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu /Quem nunca curtiu uma paixão /nunca vai ter nada, não /Não há mal pior do que a descrença,/ mesmo o amor que não compensa/ é melhor que a solidão/ Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair,/ pra que somar se a gente pode dividir?/ Eu francamente já não quero nem saber/ de quem não vai porque tem medo de sofrer/ Ai de quem não rasga o coração /esse não vai ter perdão"..

(Como dizia o Poeta - Vinicius de Moraes)

mercredi, novembre 22, 2006

Estou começando a descobrir

a grande graça em tentar e não conseguir. Tem uma lógica (óóóó), que é justamente fazer com que tentemos outra vez. Se não conseguir, tentar de outro modo, se não, ter outro foco. Não dando certo, mudar o ponto de vista. E se mais uma vez melar, é simples: começar de novo.

Nunca fui muito assim, daquelas que desanimam mas não desistem. Pelo contrario, eu desanimava e desistia na hora. Acredito que eu nunca tenha chegado a terminar um curso (exceto o de inglês, que era mais que minha obrigação tirar o diploma logo), ou tenha ido adiante com algum esporte (e, acreditem ou não, já pratiquei vários - e gostava), tenha freqüentado a academia durante 3 semanas seguidas, assiduamente. Talvez eu não tenha assistido a nenhuma aula (palestra, congresso, e seminário) até o final neste semestre.

É coisa minha deixar tudo pela metade e fugir (com ou sem motivo), sempre fui assim.
Mas hoje em dia as coisas soam um pouco diferente pra mim, devo ter aprendido a lidar com fracassos. Percebi que "não conseguir" é quase tão bom quanto "conseguir de primeira", ou quem sabe é até melhor. Tudo que tenha uma gota a mais de suor e dedicação, sangue e lágrimas, tem muito mais valor do que algo dado, ao qual só se sente gratidão e consideração. doação é caridade, premiação é reconhecimento. É completamente diferente.


Talvez, mesmo se eu continuasse no basquete, eu nunca seria uma Janete da vida (também, né, com esse tamanho todo, no máximo eu levaria jeito para jogadora de totó), mas uma medalha de bronze, ou premio de consolação no mínimo, eu teria pra mostrar. Mostrar que foi merecido, mostrar que eu fui capaz, mostrar que eu pude e fiz. Superação, quebrar limites, pular obstáculos tem recompensa. Mostrar isso tudo pra quem, se eu não preciso mostrar nada a ninguém? Ora, mostrar para mim mesma nos momentos de fraqueza, naquelas horas que dá vontade de chutar o balde e jogar tudo pro alto. Lembrar-me de que, por mais penoso que seja, eu vou chegar lá (seja lá onde for).

Estou fazendo dois cursinhos à tarde, são oficinas de teatro e fotografia. Estou adorando (claro, porque é novidade), mas quando descobri que não tenho o menor talento para ambas as coisas, eu já pensei em largar. Na minha primeira externa da aula de fotografia, de 72 fotos batidas, só umas 10 ficaram razoavelmente boas, sem sacanagem. Eu chorei, sabia (é muito chorona mesmo.. huahuaha)? Deu aquela velha vontade conhecida minha de abandonar o barco. Mas por incrível que pareça - e acho que pela primeira vez na minha vida - eu não desisti. Pelo contrário: peguei a câmera, comprei um filme de 36, e saio com ela todos os dias, tirando duas ou três fotos de momentos que eu ache interessante, coisas que me chamem a atenção, e to me esforçando para que no mínimo elas saiam boas. E to torcendo de coração mesmo, não vou desistir, mesmo que eu não tenha nascido para ser fotógrafa. Se alguém pode é porque eu posso também, logo, qualquer um pode, é só querer. Força de vontade é tudo, e pra ela nada é impossível. As coisas boas só são boas porque alguém quis muito e se esforçou para que fossem assim. Minhas fotos (e tudo na minha vida daqui pra frente) também serão.

"De graça até injeção na testa", mas com esforço só o selecionado, só o que há de melhor.










OBS:
- É Janete o nome daquela jogadora famosona de basquete? Eu sempre confundo os nomes das jogadoras de basquete com as de volei.. tem a Hortência, a Paula, a Virna.. não é?? oO
(huahuaha isso que é alguem que ADOOORA basquete!);
- UM VIVA PARA MIM!!!!!!! além de estar começando a descobrir isso, também estou começando a achar esquisito meus textos sem letras maiúsculas e acentos, e estou começando a me policiar. DEU CERTO! ÊÊÊÊ!! \o/
- Prometo que, assim que as fotos sairem, se ficarem boas, eu faço uma exposiçãozinha aqui, ok?

mardi, novembre 14, 2006

A vida hoje, pra hoje (e pra agora, de preferência).

Pode ser coisa da idade ou vai ser assim pra sempre, mas o certo é que queremos que as coisas simplesmente aconteçam quando, como, e onde queremos. Esse anseio pela vida imediata pode causar sérios problemas no futuro. Depois, quando paramos pra pensar, vem aquele “eu podia ter esperado mais”, “eu tinha que ter dado tempo ao tempo”, coisas do tipo.

Queremos que as coisas aconteçam tão rápido que as forçamos a nascerem prematuras. Além de virem com defeito, elas também passam rapidinho. Aí, o momento pelo qual tanto se esperou ou se desejou já foi num piscar de olhos, e quase ninguém viu.

TEMPO é uma coisa difícil de ser compreendida, explicada, ou de se aceitar, porém tudo depende mais dele do que da nossa vontade.

Eu, particularmente, não vou muito com sua cara não, mas já tinha que ter aprendido a conviver com ele. Para mim o tempo não passa, o tempo não volta, e aquele tempo não sai da minha cabeça. Nessas horas, esquecemos do fato que fomos nós quem inventamos o tempo, ele simplesmente não existe (é verdade, boba!) e mesmo sabendo disso, teimamos em conta-lo.

Pelo fato dele não existir é que se torna impossível impor um padrão entre as pessoas e o tempo: em 5 semanas você emagrece, em 4 anos aprende francês, em 30 minutos seu cabelo está colorido, não do mais de 3 meses pra vocês voltarem, ou relaxa, daqui a pouco você esquece (quando é daqui a pouco?).

Renato Russo tinha toda razão ao dizer que “temos nosso próprio tempo”. Temos sim, e ele é bem subjetivo, incerto, e sábio. Precisa de uma boa inspirada, daquelas de encher os pulmões, engolir aquela fala maldita que sairia bem rapidinho pra não dar tempo de voltar atrás, nem tempo para ser tarde demais, e deixar ele agir. Paciência... (essa palavra soa estranho, e até bonito para quem nao a tem – não, eu nao tenho, acho ela linda. Quero concluir o ensino superior em 6 meses, e trazer a pessoa amada de volta em 3 dias)

O tempo é mano velho, temos todo o tempo do mundo e mesmo assim não temos tempo a perder, não temos mais o tempo que passou. E o tempo ao tempo? Até mesmo ele precisa disso. E nós? Só precisamos esperar. Esperar para viver, esperar para morrer, esperar para ver as coisas acontecerem, mesmo quando a iniciativa é nossa. Resultados só saem com o tempo, o bebê só nasce depois de 9 meses, e uma arvore demora para crescer e pra dar os frutos ou flores mais bonitas já vistos. Hoje só podemos investir (pesado) no futuro, mas com a cabeça no presente, e por favor – digo eu para mim mesma – pare de querer tudo para agora, que você vai acabar tendo um montão de rugas, de tanto pensar em antecipar as coisas. E olha que essas daí, nem o tempo tira, hein...


- -
é, pelo jeito tenho muito o que aprender comigo mesma.. (vem cá, vamos conversar. é faça o que eu digo, mas não faça o que faço. pelo menos como mau exemplo to servindo! huiahe)

nunca tive sorte

no amor. nem em sorteios, bingos, ou jogos.

rifas? se ganhei duas ao longo da vida foi muito.

o time que eu torço sempre perde, e se eu não parar de torcer o quanto antes, o fluminense vai pra segunda divisão.

no trabalho, meus clientes eram os mais sem-dinheiro de todos os clientes sem dinheiro que aquela empresa de recuperação de crédito já teve. a empresa faliu uns dois meses depois que eu saí. meu salário era bem menos de um salário mínimo.

minhas turmas na escola eram as piores da vida dos professores, diziam os próprios. isso em ambas as escolas nas quais estudei. na faculdade não está sendo diferente.

quando eu era pequena meu pai me enxia de amuletos, mas todos se quebravam.

sempre pulava sete ondinhas, enconstava no verde, usava a calcinha da cor x na virada do ano, pra ver se dava sorte. nunca me tirou, adimito. mas também nunca me deu.


e você tá achando meeeeesmo que eu vou passar esse e-mail pra todas as pessoas da minha lista, só pra dar sorte? vai sonhando.. sorte ou a gente tem ou a gente não tem, fato. há quem tenha talento, há quem seja abençoado, há quem seja sortudo, há quem seja tantas coisas.. um email não dá sorte, aprendam isso, definitivamente - e PAREM de uma vez por todas de mandar-los. Vou passar a telefonar pra casa de vocês as 6 da manhã desejando sorte, só pra vocês verem como é bom...

dimanche, novembre 12, 2006

hoje eu escrevi

meu primeiro conto. tá sem final, mas ficou legal. ta seguindo aquele estilinho bem subjetivo, acho que o conto da lygia fagundes telles, "emanuel", me deu uma boooa inspirada.
é uma ficção (lógico, dã) e qualquer semelhança com a (minha) realidade é mera coinscidencia.
só não ponho aqui porque pode pegar mal pro meu lado, algumas pessoas podem interpretar diferente. não quero interpretações, é só um conto, uma historinha, um momento de uma personagem que mora na minha cabeça.
mas ficou legal. o dia que eu escrever um livro de contos, eu ponho ele. aí depois eu te conto.

jeudi, novembre 09, 2006

"Escrever prosa

é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um cronista; não a prova de um ficcionista (...) Como um prosador cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-se diante de sua máquina, acende um cigarro, olha atravez da janela e busca fundo em sua imaginação um fato qualquer (...). Ou então, em ultima instância, recorer ao assunto da falta de assunto, ja bastante gasto, mas do qual, no ato de escrever, pode surgir o inesperado"

(O exercício da crônica - Vinícius de Moraes)





vendredi, novembre 03, 2006

Eu Quero A Minha Bola

pra que cinema se você pode acessar gratuitamente o meu blog?
afinal, é natal ou cosme e damião?

é mentira

tchu tchu, é mentira! :D